quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Clichês

Uma praga que infesta as conversas são os clichês. Como assimmm? Não tô intendêndo....?

Comecei o bombardeio se é que notou. Algum “global” solta uma expressão e pronto! Papagaios que somos, inconscientes ou não, tendemos a repetir, a multiplicar - todo mundo falando igual! Fala sério, ninguém merece. De fato e literalmente, ninguém merece.

Ouvimos o clichê e “experimenta, experimenta, experimenta...” Aí experimentamos, ou consumimos o produto da nossa tevê-lixo. Vocês não têm uma noção do quanto isso maltrata nossos ouvidos... É “u ó” essa tremenda falta de criatividade verbal! E quem usa se acha o chique no úrtimo... é show! Tuuudo de bom! Mas uns vão dizer “faz parte”... Então tá então.

Tipo assim: a irada da Tati Perrisseè tem mais representatividade para a Língua Portuguesa do que o sinistro professor Pasquale. Não é brinquedo, não! Ah, vai queimar no mármore do inferno! Uia! Inchalá os jovens tomem conhecimento disso.

A moda dita o vocabulário: hoje o verbo é “causar”. Logo, com esse texto, que não é uma Brastemp, estou causando... Até bem pouco tempo, tudo era assim: vou tomar um cafezinho básico, fumar um cigarro básico. Porque é básico, básico e básico. Até o cuecão de couro é básico.

Existe o traço regional, meu, com pitadas de sotaque que é, oxente, muito manero e se respeita, tchê. É cultura nacional, uai, nada de modismo barato, sô. Gíria também são evoluções de uma linguagem ao longo do tempo que são naturais e não tem nada a ver com o clichê. Elas nascem do nada e se perpetuam por um tempo: firmeza?, que conta com a versão mini: firmê?, e sussu ou sussa?

Uma palavra que tinha resistência, mas dei o braço a torcer, afinal de contas é onde tem mulegada de montão, pra beijar muiiinntuuu, é a noite do paulista: as baladas... uhhuu! Bem melhor que night, aí já é outra praga: americanismo que, se já não bastasse aqueles que já estão inseridos no cotidiano (check in, check up etc), ainda adicionam mais por pura pagação de sapo. O que dizer de uma terra que valoriza o Halloween Yanque e não dá a mínima pro próprio folclore tupiniquim? Podre, né?

Voltando aos clichês, eu tô certo ou tô errado? E esse, é mais um ou me autoquestiono? Decida. E será que fui chato? Magina... Então cala a boca, MagdO!!! Ca-la-dooo!

Calo sim, mas jornalista tem que, ao menos, tentar expor os fatos. Isso me fez lembrar de uma aula de história, sobre o político carioca Carlos Lacerda, eterna oposição a Getúlio Vargas há 50 anos, comentei com o professor que Lacerda era insistente, chato mesmo. O mestre limitou-se a dizer: “Ele era jornalista...” Tá explicado. E deixo claro que aqui tem café no bule.

Clichê: frase ou idéia que é usada tão freqüentemente que se torna gasta e desinteressante

2 comentários:

Joy Barreto disse...

AAAH concordo em partes taaah, nem tooodos os "CLICHÊS" são poluentes aos nossos ouvidos poxa vida, existem coisas q simplesmente viram mania e pronto, mas vc tbm deu uns exemplozinhos q só por Deus...
ODEIO qndo vc fala pra mim "q clichê", HAUhUAH
brincadeira... (+/- vai)

Legal o post, apesar de concordar só em partes msm hahaha

Bjooos
se cuida

Jaque disse...

Oii, "u ó" esse seu artigo heim?!
Tuuuuudo de bom!rsrs
Vou refletir sobre o meu vocabulário e selecionar o que poderei aproveitar da "nossa tevê-lixo" de agora em diante rsrs
Um beijo e parabéns pelo artigo muito interessante!