quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

João Europeu e o Ronaldinho Gaúcho

Dele em campos francês, só ouvia as brigas com o técnico do Paris St Germain, Luis Fernandez.

Pouco a pouco fui baixando na internet seus pedaços de arte: dribles & arranques, gols & passes, sobretudo, malabarismos e gingas de extrema habilidade. Vendo tudo, de uma só vez: êxtase total. O que me impulsionou um desabafo a um amigo: “Já que o Zidane está na eminência de parar, aposto que o cetro 'artista de bola' cairá bem no Ronaldinho Gaúcho.”

Pondero, no entanto, que falta ainda uma maior regularidade e objetividade. Isso lhe dará títulos que o colocará em pé de igualdade com o outro Ronaldo, Zidane, Rivaldo e Figo, os últimos melhores do mundo.

Outra constatação sobre os lances: tivesse ele realizado essas jogadas na Espanha, Itália ou Inglaterra, estaria, sem sombra de dúvidas, entre os três melhores do mundo na eleição da FIFA. Na França estava escondido, ou seja, faltou estar numa melhor vitrine, onde, aliás, ele está hoje. Ainda que num time capenga (Barça) comparado aos Galácticos do Real.

Coincidências da vida. A entrevista do Romário ao Kajuru no domingo, levantando a polêmica que “o Fenômeno é melhor que o Gaúcho”. Dia seguinte, ter sido apresentado a um professor (Wesleu) que, justamente, editou a matéria. Com ele, comentei sobre o “tesouro” que tenho em casa: os downloads do Ronaldinho.

“Traz pra mim! Pegando um gancho nas declarações do Romário, isso cairá como uma luva. Mas os lances são malabarismos como os três chapéus no jogo do Barcelona contra o Atlético de Bilbao?” O professor pediu e questionou.

Gravei e trouxe o cd prontinho e como combinado na terça.

Na quarta, estava ansioso por ligar na TV Band. E logo no começo do programa Esporte Total já propagandeou: “Temos aqui lances do Ronaldinho Gaúcho inéditos. Jogadas de Garrincha!” Pulei de satisfação ao assistir imagens na TV que saíram do meu computador. Logo me apressei em ligar para um amigo, confirmando se ele estava gravando.

O apresentador passava muito mistério em relação à fonte e questionava seus comandados no ar. “Quem foi que mandou isso? Quem mandou disse que vai vir aqui, Wesley?” Só fiquei meio puto por ter sido chamado de “João”. Que isso professor: dou ibope e vocês me erram? É aquela história, pobre nunca aparece na TV, e quando é para aparecer só o nome, ainda trocam?! Risos.

Mostraram três vezes! E com o Kajuru babando e carregando nas exclamações. “Lances encantadores!!!”, se derramou. E eu que pensei que editariam apenas um pequeno trecho...

O Juninho Furacão da Transamérica Esportes, on line no Messenger, sugeriu um “por quê não vende?”. Não, além de ter pegado na net não ia me sentir bem. O pagamento – com sobras – foi a reação do Kajuru. E o mais importante é que deixei de ser “egoísta” e dividi esses momentos de arte com o grande público Afinal de contas, nossa mão de obra é obra de arte. Merecemos ver nossa cria criar!!!

Dia seguinte: teve mais! Sob o título “os 3 Rs” reprise do Gaúcho, com comentários do lateral Paulo César (ex PSG), que dizia: “Estava nesse jogo. Sou aquele dali [apontava].” Também montaram clips do Romário e Fenômeno, usando mais gols do meu acervo.

Ah, dessa vez o Kajuru acertou meu nome! Se bem que na primeira menção era o aluno da Metodista. Na outra, cinegrafista amador que mora – pasmém – na Europa!? Mal sabe ele que única coisa que tenho de europeu é o nome da rua: rua França.

Encerrando, quem foi (ou é) melhor: Fenômeno ou Gaúcho? Não importa, os dois são nossos.

Baita privilégio!!!!

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