quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Sósia do Schumi: “Fiz uma arquibancada descer para pedir autógrafos”

2004. Nas pistas, o alemão Michael Schumacher já era campeão antecipado de Formula 1 nesse ano, hexacampeão, aliás. Nas arquibancadas de Interlagos – São Paulo, um homem parecido, distribuía inúmeros autógrafos e pousava para fotos. Sem os óculos escuros a semelhança era maior ainda.

“Sou sósia oficial do Schumacher no Brasil há quatro anos”, admitiu Robson Rotundo, promotor de uma empresa de telefonia de São José dos Campos, interior paulista. A Rede Globo o descobriu, contratou e fez uma reportagem no Globo Esportes. “Depois disso não fiquei sossegado em nenhum lugar mais”, disse. A primeira corrida em que esteve no autódromo paulista, em 2001, veio sem o macacão vermelho da Ferrari que costuma vestir. A partir daí começaram a chamar-lhe de Schumacher e não pararam mais. Apesar da semelhança com o astro da escuderia italiana, o clone torcerá por Rubinho domingo e acha Senna melhor que o alemão.

O mais espantoso é que o público de fato acredita que Robson é Schumacher. “Não posso tirar a fantasia das pessoas, tenho que alimentá-la.” Em 2002, próximo aos boxes de Interlagos, uma arquibancada inteira desceu para pegar autógrafos. “Os seguranças me tiraram a força do meio da multidão. Estavam rasgando meu macacão”, completou rindo Schumi cover.

Acesso aos boxes em treinos não é possível, só na prova de domingo. Até hoje a cópia não encontrou a matriz. “Difícil falar com ele. Fica muito longe.” Mecânicos da Ferrari e até o irmão de Michael, Ralf já o viram. Todos riram. “Ele ia dar risada também”, preveu sobre um possível e sonhado encontro.

Por enquanto, o sósia busca patrocínios, fatura cachês com comercias para tevê e outros eventos, inclusive no Salão do Automóvel no Anhembi, no estande da Ferrari e banco ABN. E até quando viver às sombras do astro? “Até 2006 [quando se encerra o contrato do piloto com sua equipe] dá pra brincar bastante”, ressaltou Robson Schumacher.

Após os treinos livres, estava preocupado como chegar no Anhembi. “Se você conhecer alguém que vá para lá me avise”, pediu. Dez minutos depois, achou um câmera que passaria perto, mas será que alguém acreditaria que o rapaz deu carona para Michael Schumacher? “Ninguém acreditaria não”, brincou.

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