terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Pelé

Desde a inauguração da mostra do museu do Pelé, no MASP antes da Copa-02, ameaçava prestigiar mas não dava. Numa segunda-feira visualizei a quinta, quando não haveria aula na faculdade: “Então se não for neste dia, não vou mais”, sentenciei. O evento encerrava-se domingo, migrando para outras capitais. Tinha que ir. Por ser amante do bom futebol. E Pelé é o maior praticante de todos. Ouço muito, e concordo, que o brasileiro não tem memória, que não dá a devida atenção a seus ídolos etc.

Dentro, tinha de tudo:
• Vídeos de gols: contra País de Gales em 58, no meu Corinthians, o milésimo e muito outros mais. Como numa frase exposta: O difícil não é fazer mil gols como o Pelé, e sim ‘um’ como ele.”
• “Não gols” famosos: defesa do goleiro Banks à queima-roupa, na cabeçada frontal dele; ou aquele drible de corpo no perplexo arqueiro uruguaio. Ambos na Copa de 70. Dizem que se fosse gol não teria graça. Só “ele” pra imortalizar “quase-gols”.
• Frases: do pai, da mãe, do primeiro técnico, cronistas e do próprio: “Poderia me chamar Édson Arantes do Nascimento Bola, devido a alegria que ela me deu.”
• Troféus: uma réplica da roubada Jiles Rimet e cada obra-de-arte lindíssima...
• Fotos: transformando o futebol em mitologia, só um “Deus-da-bola” pra com o suor, desenhar um coração. Foto divina. E ele com Silvio Santos, Ayrton Senna, Clinton, Reegan, Rainha Elizabeth e inúmeras personalidades nacionais e mundiais.
• Objetos: rede do milésimo gol, cadeira dos tempos pobres de engraxate.
• Camisas: dá pra contar: TRÊS (Santos, Seleção Brasileira e Cosmos).
Tudo bem distribuído e decorado, num ambiente temático de muito bom gosto. Várias crianças, famílias, idosos, estrangeiros conferiam. Fiz questão de divulgar: “É um evento imperdível, caso você goste de futebol.”

Lendo o jornal com os números de visitantes: 70.000. É pouco, não dá nem pra lotar o Morumbi. E ele, outrora, lotou várias vezes. Parte, pode ser atribuído ao escândalo das criancinhas da Unicef, que abalou sua imagem. Desvinculei, só o futebol contou.

E com Pelé, o futebol nunca foi tão futebol.

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