terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Letargia dos jovens do novo milênio

Todas as aulas de política partidária despertam em mim um sentimento dúbio: o professor Cal nos impulsiona que precisamos acordar para o mundo, mais especificamente, para a situação política do país. O que é altamente positivo.

Triste é que estamos atrasados neste processo. Salta aos olhos a mensagem do professor. Percebo que ele quase se desespera ao estado de letargia dos jovens dessa geração. Sinto que, mesmo em menor grau, o restante da classe deve comungar desta sensação.

É o paradoxo do envolvimento da juventude da ditadura, que ia às ruas para reivindicar liberdade. Até brigava. Ou seja, brigou, brigou, brigou e quando se respira liberdade, dormiu e se limita a tão-somente ser testemunha ocular da história.

Pode parecer papo nostálgico, mas mesmo comparado à década de 80, vejo – e minha opinião bate com quem viveu o período –, que dávamos mais valor a tudo. Exatamente aí se deu o divisor de águas. Basta lembrar do comovente movimento pelas “Diretas já”, em 85, avançar a fita em quatro anos, e comparar ao oba-oba do impeachment do Collor.

A tecnologia de computadores, vídeo-games, celulares e internet deve ser ressaltada pela fácil acessibilidade e comodidade. Porém, afasta. Pra usar uma palavra da moda, virtualiza, ou rimando, banaliza. Muitos põem a culpa nos governantes e cruzam os braços. Oras, de desculpas o mundo já está cheio, não? Fugir da realidade pra justificar a omissão. Óbvio que a responsabilidade tem que recair sobre os ombros de quem foi eleito pra isso. Mas cadê a nossa contribuição?

Será a balada de sexta ou o jogo de futebol de domingo? É uma questão de prioridade. Estes itens são importantes, mas é inadmissível que seja deixado de lado o compromisso social e político. Como exigir um país mais digno sem agir? Agindo já é dificílimo, letárgico da forma que estamos, É IMPOSSIVEL.

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