terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Um sete um

Aonde ir no Reveillon de 2001 parecia tão certo e fácil. Cada vez mais fácil – Rio de Janeiro. Com meses de antecedência todos os sinais indicavam para lá... impressionante! O Cristo cada vez mais abria os braços como se dizendo “vem, meu filho!”

O primeiro movimento partiu do pessoal da firma: um bate-e-volta; que se tornaria um fim de semana nos planos de outra galera, essa recém-formada em Natal. Até teto teria: o flat do amigo, mineiro, engenheiro, Mauro. Mais um adendo: havia conhecido uma internauta que insistia para que eu a visitasse. E fogos, fogos e mais fogos... em Copacabana!!!, o evento de fim-de-ano mais disputado do Brasil. E entre os mais belos do mundo. Maravilha, eu veria a Cidade Maravilhosa cheias de tantos mil, em 2001!

Mas, da mesma forma como os prós subiram, os contras desceram ladeira abaixo numa velocidade alucinante: a turma da firma perdeu para uma escala (de plantão) criminosa; a de Natal, faltou grana; até com a carioca, graças ao encrenqueiro KAB’s, quebrei o maior pau!

Nada que abalasse minha convicção em ir – ainda estava firme! Iria sozinho, e ficaria na casa do Mauroca. Até que, por telefone, veio a gota d’água: “Zé, tive que voltar para Beagá, sô. Se não os caras da Lucent [onde ele trabalha] iam pensar que eu estava enrolando.” Assim, nem Cristo resolve...

O Rio secou. Sem Rio aonde ir agora?
Primeira canoa que apareceu, embarquei: sítio do Santana, na Granja Viana, no Km 23 da Raposo Tavares. Expectativa de muitas pessoas, garotas, piscina, clima agradável, enfim, a última noite do ano prometia...

Depois de ter passado da escondida entradinha para a casa, ter retornado e pegado o rumo certo, estando já na rua certa, o (amigo) Jonny me deu uma informação que desconhecia e suscitou dúvidas: “O número da casa é ‘171’ !!!, e não estou encontrando de jeito nenhum...! Será que este moleque tá zoando com a nossa cara???” Não estava, o número 171 existe e não era um “171”, digo, “grupo”.

Era fato que numa casa com piscina, e com uma lua toda sua e esplendorosa, iríamos cair de cabeça, roupa, alma e tudo. “Você foi a escolhida: será atirada na piscina e não adianta espernear...”, dizia às meninas que, pressentindo isto, arrumavam 2001 pretextos para serem
poupadas: roupa branca, falta de roupa sobressalente, saúde e outras frescurites do gênero e sexo.

Pensei que por exercer um cargo de chefia, e no grupo havia 20 subordinados, eles me respeitariam e, sequer, cogitariam a possibilidade de jogar-me na piscina.

Hum, vocês acham???

Foram o Primo e o Zeca (canalhas!!!, ato digno de advertência!!!) que deram a senha: “Vamos jogar o Costa na piscina agora!!!” Todos aderiram a essa safadeza. Rendido, esperei o contato com a água relaxado, ainda que tremendamente descrente de ser o primeiro.

E teve mais covardia: os infratores correram para dentro da casa, para em seguida, ao presenciarem minha molhada e irada chegada, soltarem os decibéis de risos. E divagando no “complexo de tudo eu e por quê eu?” Duas teorias: agitei muito com as ameaças feita às meninas; e também, por ser um chefe neste grupo, fora do ambiente de trabalho, eles sentiram que eu tinha que ser o “eleito-zoado”. Se houvesse um superior, teria a mesma idéia. Dá mais ibope. Descontem o exagero. A água tava uma delícia. Em nenhum ano, tomei um banho tão rápido... e forçado.
Esse ato estará marcado como inesquecível. E a propósito, e antecipado, FELIZ 2002.

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