terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Dunas de Natal

Bugueiro George. Seu escritório é ao ar livre. E livre de estresse ou tristeza. Paredes imaginárias, naturais e ilimitadas construídas pelo criador. Céu, areia, vento, mar, música (muito boa música), decoram o cenário de seu ofício. Os passantes, de tão diversos e dispersos, são burros e cabras. Cabras da peste e dos bodes. Ele guia com profissionalismo, perícia, bom-humor e amor. Amor ao que faz. Por isso, faz muito bem. Os rostos, de carona, se revezam nos postos. Sempre maravilhados. Maravilhados pagantes. Quanto foi? Não importa, valeu muito mais. Emoção, com muita emoção. Toda emoção do mundo. E não precisava sequer perguntar. Adrenalina. Em três momentos, recebi claros sinais de incomparável, maravilhoso e divino, e mais outros adjetivos megas, ultras, hiper e superlativos. Um paredão no horizonte próximo. Não, não, não, ele não vai subir. Não só subiu como desceu de ré. Gritos estupefatos por tal ato. De fato. Ele subiu e traiu meu impreciso pensamento. Relato das dunas de Natal. A capital nacional da areia. Areia, muita areia. Toda areia do mundo. Quantos caminhões de areia? Quantos castelos poderiam ser feitos? Areia voando nos olhos. Gritos soltos no ar. Emoção contida no peito. Feito de sonhos. Isto: descrevi um sonho com emoção. Muita emoção. Privilegiado sou.

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